quinta-feira, 14 de abril de 2022

fofocas soltas sem contexto

[toca música do fim do mundo, só pra aumentar o drama]

 começo da coleta do anti-olavismo: https://docs.google.com/document/u/0/d/1BHIht3mrFEeTVlSWHH6WkDA-Ir4E7rRgr8ZXsZvOC2A/mobilebasic

o vídeo do cara de esquerda que é muito bom: https://m.youtube.com/watch?v=gyuJaOxOBHE


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- o que poderia ter sido: [o problema nunca é "o que foi feito", é quando se pensa "o que NÂO foi feito"].

[1] o trabalho do Ronald Robson é maravilhoso. Mas uma coisa incomoda: sobretudo no período em que Olavo esteve vivo, era também importante, senão mais importante do que uma exposição sistemática, uma exposiça orgânica. Ou seja, uma wiki [https://olavismo.fandom.com/pt-br/wiki/Wiki_Olavismo -- https://olavismo.blogspot.com/?m=1] ou um espaço, como um think tank para coletar as questões mais comuns do olavismo [para ajudar os alunos] e do anti-olavismo [para refutar] e que alimentasse blogs, grupos etc., pra facilitar o processo de ataque e defesa, pelo menos dos olavettes. Isso poderia se disseminar inclusive em espaços de maior alcance como o Brasil Paralelo. Não aconteceu.

ps.: Nem por respeito ao Olavo, para limpar seu nome e/ou fornecer ao menos a lista de pessoas que ele poderia processar e, com isso, criar uma aura de respeito ao movimento olavette, à direita etc.. Também não houve.


[2] Há 1 mês mais ou menos eu soube que um ou dois dos que eu tinha juntado se reuniram num grupo pra coletar as fofocas anti-olavettes [como o "ele refutou Einstein?", "ele refutou Newton?", "a pepsi tem célula abortada?"], mas esse trabalho, a essa altura, não vale mais. Não serve pra Olavo, e o olavismo por assim dizer morreu com Olavo; o que tem agora é a tentativa de pelo menos não impedir que a obra seja sepultada por bobagem. Não que a obra do Olavo possa ser sepultada por muito tempo: o problema não é a obra, ela sobrevive sozinha; é quanta gente terá que ficar fora dos seus benefícios até que ela volte a ser reencontrada [como o próprio Mário foi].


- O que ainda dá pra fazer e quais as vantagens [eu não sou mimoso nem mártir, não gosto de fazer trabalho que seja inútil pra mim mesmo; se não dá dinheiro, mas que dê algo]:


Os mesmos 2 trabalhos que Olavo sempre enfatizou continuam sendo necessários, mas a abordagem tem que ser outra. Ela podia ter sido assim desde o coemço, mas agora é obrigatório que seja algo assim.


[a] coleta de teses uniersitárias para provar a homogeneidade do pensamento de esquerda e/ou a inexistência de pensamentos anti-esquerda.


[b] Descrever o anti-olavismo, [é o fenômeno sociológico e espiritual mais absurdo que eu já vi até hoje]


vou descrever umas possibilidades dos dois:


[a] o trabalho de coletar as teses no estado atual da cultura implica:

[I] mapear as editoras criadas por influência do Olavo [desde o grupo CEDET, a Vide, a Kirion, a 7º selo, a é realizações etc]

[Ia] daí, por exemplo, ver o que está sendo publicado, e ser honesto sobre o que tem ecoado na academia [google scholar acelera esse processo]

[II] a humanística do sećulo XX é praticamente feita por marxistas. Um trabalho realmente de alto nível tentaria mapear isso [ńa História eu sei que Carlo Ginzburg, que criou a micro-história, importantíssima sobretudo nos interiores, Eric Hobsbawn etc.; em Letras tem a Escola de Frankfurt com Theodor Adorno etc.], mas aqui é realmente pesado. Vamos pra algo mais simples;

[III] procurar entre os autores frequentemente utilizados nas humanidades se há autores anti-comunistas, anti-marxistas etc.. Precisa mapear os autores mais comuns e aí dicionários de autores etc. ajudam a acelerar o processo.

[IIIa] O modo mais rápido é focar não em trabalhos, mas em orientadores acadêmicos. Um orientador só vai trabalhar dentro da sua especialidade e ramo de ideias, então dele é possível mapear mais ou menos seus autores de referência e daí construir um mapa geral das referências aceitas.

[IIIb] Olavo tem um artigo, "estudar antes de falar", que mapeia os principais autores comunistas. Também o "dicionário do pensamento marxista" faz um apanhado geral. O difícil é achar os anti-marxistas kkkk mas nós já conhecemos alguns, em economia,  por exemplo, como Mises etc.. e os autores citados por Olavo [tem um mapinha geral já feito, além das referências dos livros publicados]

[IIIc] Alguns trabalhos já fizeram um mapa geral da esquerda. Acho que é Roger Scruton no Thinkers of the new left, por exemplo. Acredito que tenham mais. Aceleraria muito processo.


=> O negócio desse tipo de trabalho é que não dá, como o pessoal que faz hoje quer, pra fazer como uma pesquisa rápida e impessoal. Isso é literalmente um doutorado: é um investimento de vida que o cara tem que fazer, porque ele tem que adentrar no assunto. O pessoal quer resolver tudo com algoritmos frios, óbvio que é impossível. Em grupo dá pra acelerar, mas o trabalho tem que ser na mão, lendo, mexendo nos autores, conhecendo suas ideias, nem que seja por dicionário, e mexendo nas teses. Uma abordagem quantitativa e depois generalizar qualitativamente por meio estatístico.

=> Para a base estatística tem que pensar na logística dos cursos e a intenção da tese específica. Há os cursos que formam professores, e aí daria para pensar em termos da influência na escola [mas aí precisa acrescentar com mexer com BNCC etc.], ou pode-se escolher uma ênfase nas pós mais procuradas [mestrado, doutorado] para pensar na questão da formação dos formadores de professores [aí já são outros materiais específicos].

=> Existem outras abordagens, mas acho que essa é a mais direta.


deprê 1: enquanto tem um grupo da gente, eu vi numa notícia uma vez um grupo cheio de pessoas - só um dos gurpos - infiltrados em uns 100 grupos bolsonaristas

deprê 2: antes de desistirem de tentar fazer esse trabalho, não pensaram nem mesmo em colocar a questão mesmo. A única olavette maior que eu vi começar a tentar foi a Ana Carolina Campagnollo, mas 100% no improviso. Morreu em 1 hora. Sara Winter tentou recrutar olavettes pra começar um projeto, mas os olavettes se odeiam entre si, foi coisa feia.


=> A vantagem desse trabalho é dar um panorama amplo do conhecimento das ciências, e um antídoto pessoal pra sair do mapa de influência da esquerda. Conviver com Olavo não é garantia de ter saído desse mapa, e, aliás, MUITA gente cai.

=> Particularmente eu detesto trabalhos sobre uma coisinha específica, então eu recomendaria generalizar a questão pra pensar em termos de, caso a tese seja "provada verdadeira", "como é possível um país ficar com uma hegemonia de pensamento? Quais os meios? Quais os efeitos?" E aí o tema específico se torna um antídoto para problemas futuros que possam ocorrer, no Brasil ou fora do Brasil. Mas aí requereria ainda mais documento, então é secundário.


[b] descrever o anti-olavismo

=> Olavo já morreu. Descrever a coisa em termos específicos só serviria como agradecimento por tudo o que ele fez por nós e para salvar o movimento da queda. Essa parte, nenhum dos dois, eu acho que adiante mais. Então vamos logo à alternativa geral, ou seja, o ponto de vista sociológico/espiritual.

=> Atenção: Este trabalho, mais do que o anterior, requer uma centralidade seríssima. A quantidade de horrores, de tentativas de refutação ao Olavo que aparecem no caminho, inclusive pela própria filha, a quantidade de tristezas que se vê aqui, o cara tem que estar seguro ou ter um porto-seguro para não cair e perder o aspecto benéfico do aprendizado do Olavo. Falo sério.

[I] De antemão eu já fiz uma classificação inicial para as reações ao Olavo. Há quem estacione [a] nas fofocas biográficas, quem tente refutá-lo pelos [b] comentários cotidianos, quem tente refutá-lo em [c] questões relativas a ciências ou implicações em geral, e quem tente refutá-lo [d] em questões filosóficas. Eu não tenho a explicação bem articulada, mas, por exemplo, quando há uns anos a Janaína Paschoal falou que Olavo ajudou a refutar "o Imbecil Coletivo do PT", significa que ela enxergou a obra só do ponto de vista político específico, não do ponto de vista espiritual, ou seja, nem era só gente do PT, nem o ataque era político: era nas ideias, no fluxo de ideias, e com intenção de abrir novas ideas, sobretudo ligadas ao Bem. Só por esse comentário da Janaína Paschoal >> já dá pra saber << que vai dar merda. Lobão idem. [Na época eu ainda não sabia disso, mas depois peguei a prática].

[Ia] Essa classificação não serve só pra Olavo. Serve pra medir a reação diante de uma personalidade elevada. É por isso que essa pesquisa tem relevância: combinada com as 12 camadas, dá pra construir não o quanto o ser humano pode evoluir, mas quantas barreiras podem estar impedindo-o de evoluir aos níveis mais altos da consciência humana. Esse é o problema real, e o motivo de Olavo ficar desesperado por intervir na situação brasileira. Inclusive de pedir que o ajudassem a limpar a desgraça que se formou em torno dele.

[Ib] Em outras palavras, os mesmos tipos de impedimento de conceber uma figura como Olavo seriam, e são, os impedimentos de conceber pessoas realmente elevadas, incluindo nela os santos. Não por acaso sempre que se imagina uma segunda passagem de Cristo na Terra, se conclui que ele seria novamente condenado pelo povo. O motivo está nesta investigação.

[II] Aí vem a parte trabalhosa:

[IIa] Coleta de notícias e colocação em ordem de publicação [algoritmos podem auxiliar, como um programador tentou, mas, como sempre, tentou só o modo frio, então desistiu em 1 semana]. São MUITAS.

[IIb] Mapeamento do histórico do Olavo desde que começou a dar aulas na década de 80 [ele já deu aula em universidades também etc.];

[IIc] Enquanto mapeia, perceber padrões de contra-argumentos ou refutações que forem aparecendo;

[IId] Especificamente lá por 2017 +/- houve o lançamento do documentário "adubando o jardim das aflições" dos irmãos Velasco, que vez por outra aparecem nas notícias como "ex-alunos do Olavo". Nesse documentário [não vi todo] já tem traçado os principais argumentos repetidos pelas pessoas, sem que elas nem saibam disso;

[IIe] Precisa então mapear: 

[IIe-a] as principais figuras que falaram contra Olavo [os irmãso Velasco, Orlando Fedelli e Fernando Schiller, Júlio Severo, Carlos Nougué, recentemente Joel Pinheiro, as rixas com Rodrigo Constantino que vem desde 2007,  Dimenstein, João Spacca que era amigo do Olavo até um dia desses, Horácio Neiva, ex-aluno etc]

[IIe-b] para esse mapeamento tem que rever o material do orkut, do facebook etc..

[IIe-c] o blog do prometheo liberto, dos irmãos Velasco, é um excelente material para entender os problemas e no percurso aparecem figuras que se convertem depois, incluindo a própria Heloísa

[IIe-d] coletar os hangouts dessas figuras sobre o assunto, incluindo os do Olavo com Lobão, Kim Kataguiri, Joyce Hasselman etc.

[III] Listar uma por uma todas as acusações, sobretudo [já que Olavo morreu] de ordem intelectual, e pesquisar e registrar tanto o que Olavo disse como o que o assunto de fato é;

[IV] O anti-olavismo pode ser contraposto ao "olavismo", à influência real do Olavo. Aí junta com a pesquisa anterior, com o trabalho das editoras, mas também revelando os olavettes etc.. Esse ponto em particular mostra o quanto os olavettes na verdade estão em especialidades do universo de ideias aberto pelo Olavo. Esse ponto tem vantagens e desvantagens na hora da argumentação, tem que saber pesar. Mas é necessário, sobretudo na questão da acusação de seita [implica ter que entender um pouco o que é uma seita de fato e o que foi Olavo, a ideia de um influencer filosófico, a ideia de um pensador com uma unidade e sua quebra em partes etc.].

off topic [V] Não vale mais tanto assim, mas eu ainda sou a favor de uma divulgação orgânica desse conteúdo para facilitar o espalhamento de dados positivos sobre o Olavo.


=> Houve algumas tentativas passadas: eu tinha os links, mas acho que perdi. Salvo engano teve uma com o Cristian Deroza, mas a radio vox traiu o grupo e ele logo desistiu, pra não fazer sozinho; teve um blog, fakenewscontraolavo, que durou mais ou menos um mês; teve o do programador, que deve ter durado uma semana. Todas as 3 surgiram do influxo de energia que a ordem do Olavo gerava, mas logo que passava essa energia inicial, quando você não tem motivo pessoal pra fazer a pesquisa, não a fará. É regra. É cansativo demais pra fazer "só por fazer".


=> Eu admito que escrevi meio que pra desincentivar, mas é porque só dá pra entrar nessa quando é pra ser a sério. Não por acaso ninguém fez o trabalho até hoje: as pessoas não chegaram a medir as dificuldades reais do serviço, mas já nas primeiras a coisa morreu. O problema não é seriedade: as pessoas eram sérias, eu confio nisso. O problema é que deve haver um motivo pessoal real para fazer isso. No caso do Olavismo, serve para:

1- Compreender a filosofia do Olavo de dentro pra fora;

2- Compreender a anti-filosofia, ou como uma alma é quebrada pelo público - e ATENÇÃO, absorver esse modeo serve IMENSAMENTE para se preparar e preparar as próximas gerações. Kim e cia estão sofrendo as consequências de não terem esse estudo. Historicamente existem outros exemplos [Sócrates, Jesus, tem o "um inimigo do povo" que retrata em esquema geral], mas o do Olavo é imensaemnte didático: até nisso ele ensinou;

3- Compreender a anti-espiritualidade, ou, em suma, a raiz real da nossa burrice. Não a sociológica, não a universitária, mas onde na alma do brasileiro em específico, mas também no ser humano em geral, nasce o fechamento para novas ideias.

Tem mais, mas que eu lembre são esses. Se falo deles é porque experimentei pessoalmente esses efeitos. Funciona mesmo. Quem se interesse saber disso tem muito a ganhar.

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