domingo, 4 de junho de 2023

artigos acadêmicos encontrados

 um artigo sobre a crítica do Olavo à academia [cita só o imbecil coletivo, tem 52 páginas]

https://seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/59150/34035


sobre islamofobia: 

https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/53097

[8] [nota rápida e ainda inicial]

Eu não sei onde estão as referências exatas, nem os termos exatos. Vou deixar aqui pra pesquisar depois.

Olavo falar de estudar por aporias, ou por problemas. E aí nesse sentido ele diz que sua obra é mais próxima da de Aristóteles, ele não sistematizou previamente seu pensamento, mas, ao contrário, na medida em que ia resolvendo os problemas particulares tentava articulá-los, como a Teoria dos Gêneros Literários com os 4 discursos etc..

ele chama de filoosfia in fieri (p.11 dialética simbólica)


o oposto disso é o caso do Mário, por exemplo

https://www.facebook.com/carvalho.olavo/posts/785488424936567/?locale=pt_BR

https://www.facebook.com/carvalho.olavo/photos/prestem-aten%C3%A7%C3%A3o-o-m%C3%A1rio-ferreira-dos-santos-foi-e-ser%C3%A1-para-sempre-mais-intelige/411875175631229/

https://olavodecarvalho.org/pensamento-e-atualidade-de-aristoteles-parte-ii/

==

Estudar por problema é, por exemplo, pegar o Da Alma de Aristóteles e aí tem 3 tipos de pessoas:

1- os que vão apenas repetir "segudno Aristóteles" (é o que a academia faz)

2- os que vão pegar o problema e tomá-lo de inspiração para pensá-lo com as ferramentas que a história posterior ofereceu: por exemplo, a questão da EQM, a questão do espiritismo, as questões da parapsicologia, do estudo do espírito (como tem na tradição perenialista, na Divina Comédia etc. etc.) e juntar tudo isso numa nova síntese que coloque a questão relativa ao estado atual do conhecimento humano

3- os que vão pegar o problema e começar a pensá-lo enquanto questão geral, filosófica, tentando construir um modo pessoal de certeza que permita se guiar com uma noção mais precisa do que seja a alma.


o 3º é o que monta sistemas, o 2º é o Olavo. Os dois não são contraditórios: se complementam, só que o 3º geralmente vai achar suficiente o sistema e, portanto, suas afirmações não se conectam com o estado do conhecimento, de modo que sua obra não "responde questões do presente", ainda que sirva para um modo de vida para quem for lê-la. É como se eu desse uma resposta, mas não desse a prova; ou desse um modo de viver, mas não explicasse por que é assim. Essa é a diferença, e é análoga a ter a forma (o 3º) e ter a substância (o 2º).

[7] Reuven Feuerstein [rascunho]

 Olavo cita, nos artigos, a 1ª vez aqui: https://olavodecarvalho.org/notinhas-da-semana/

31 de julho de 2004.


Outros dois usos: https://olavodecarvalho.org/o-idiota-em-sentido-estrito/

menciona este blog: https://educacaodialogica.blogspot.com/2013/07/as-28-deficiencias-da-inteligencia.html

https://olavodecarvalho.org/direitista-a-forca/


[um artigo não-olavette de apoio ao entendimento do feuerstein: http://repositorio.upf.br/bitstream/riupf/1705/1/PF2019Patricia%20Dal%20Pra%20de%20Lima.pdf]

[tem um livro dele em potuguês hoje em dia, publicado parece que em 2014 pela Vozes: Além da inteligência: aprendizagem mediada e a capacidade de mudança do cérebro]


[6] síndrome de Dunning-Kruger

[#1]

 1ª vez que ele menciona os artigos: https://olavodecarvalho.org/a-destruicao-da-inteligencia/

[14 de julho de 2014]

Efeito Dunning-Kruger: incapacidade de comparar objetivamente as próprias habilidades com as dos outros. “Quanto menos você sabe sobre um assunto, menos coisas acredita que há para saber.” V. David McRaney, You Are Not So Smart, London, Oneworld Publications, 2012, pp. 78-81.


[#2]

o livro foi publicado em 2012 em português: https://www.amazon.com.br/Voc%C3%AA-N%C3%A3o-Esperto-Quanto-Pensa/dp/8580444969


o original: https://www.amazon.com.br/You-Are-Not-So-Smart/dp/1592407366/


[#3]

[é no estilo "Como mentir com estatísticas" -- são recursos para perceber os limites da percepção, de modo a ampliá-los pela razão.]


[#4]

outros artigo em que Olavo menciona: https://olavodecarvalho.org/da-mediocridade-obrigatoria/

notas: 

[1] https://olavodecarvalho.org/cultura-universal/

[2] https://www.facebook.com/carvalho.olavo/posts/629681363850608/?comment_id=629682067183871&comment_tracking=%7B%22tn%22%3A%22R0%22%7D&paipv=0&eav=Afbz9kwNb4NJTBzn5puBl7m_P5MD0UrDwVLh_ssUlze1Gbe66ZLPlZslrSOlBlLCYjU&_rdr

[3] https://www.facebook.com/carvalho.olavo/posts/dunning-kruger-geral-quanto-mais-o-sistema-brasileiro-de-ensino-cai-na-escala-de/1474467682705301/



[5] O experimento das cartas (aula 15)

 "Experimento das cartas" é como podemos nos referenciar ao estudo que Olavo relata na aula 15. Feito pela Universidade de Iowa, sua função era basicamente ilustrar que por baixo da camada do pensamento racional existe um pensamento subcutâneo, instintivo, e que entre um e outro há um intervalo necessário para a tradução em uma impressão verbalizável.


Da onde veio: Aula 15 do COF [falta o minuto]
Fontes:
[1] Foi possível encontrar sobre o experimento em linguagem popular no livro de Malcom Gladwell, publicado em 2005, Blink: A decisão num piscar de olhos.
[2] Pela fonte 1 é possível saber da fonte principal. O experimento fora conduzido pelo médico neurologista e neurocientista português Antônio Damásio, e está disponível, para leitura mais pública, em seu livro O Erro de Descartes, publicado em 1994.

Nota: [Não estou com as fontes aqui, seria bom juntar] Olavo parece fazer uso dessa relação entre um e outro sobretudo ao falar da importância dos poetas e da literatura em geral, pois eles fariam esse esforço reflexivo por ficarem mais atentos a essas impressões "não-verbalizadas" (verbum mentis), e tornariam-nas moeda comum por meio da sua arte.
Esse tópico entra também na questão do ataque ao dualismo, sobretudo o cartesiano, mencionado no tópico 1. A latência dos seres, o conhecimento por presença e a tese do intuicionismo radical também parecem estar ancorados nesse fenômeno.

[4] Apeirokalia

 Olavo menciona o termo neste famoso artigo: https://olavodecarvalho.org/apeirokalia-2/

Esse artigo, por sua vez, é uma ligeira adaptação do artigo "Mensagem aos Sobreviventes" do Imbecil Coletivo II.

Definição do termo usada pelo Olavo no artigo:
Os gregos chamavam-no apeirokalia. Quer dizer simplesmente “falta de experiência das coisas mais belas”. Sob esse termo, entendia-se que o indivíduo que fosse privado, durante as etapas decisivas de sua formação, de certas experiências interiores que despertassem nele a ânsia do belo, do bem e do verdadeiro, jamais poderia compreender as conversações dos sábios, por mais que se adestrasse nas ciências, nas letras e na retórica. Platão diria que esse homem é o prisioneiro da caverna. Aristóteles, em linguagem mais técnica, dizia que os ritos não têm por finalidade transmitir aos homens um ensinamento definido, mas deixar em suas almas uma profunda impressão.

Monir Nasser, que trabalhou junto com o Olavo enqunato formador cultural, parece também ter usado o termo com a mesma acepção. Não sei a fonte, mas, segundo afirmaram em comentário neste vídeo (https://m.youtube.com/shorts/RPMV_GYAyng Canal Filosoficamente Incorreto), ele diz:
Os gregos identificaram uma doença chamada apeirokalia. Significa ‘abstenção de coisas belas’. Quando você não convive com a beleza, você pega apeirokalia. Se você deseja produzir a compreensão da verdadeira cultura, rodeie-se do que é belo. Uma bela horta, um belo jardim. O brasileiro precisa se acostumar a conviver com os padrões elevados. Uma das causas da nossa inviabilidade civilizatória é que nós desistimos de nos rodear de estímulos belos. E isso é apeirokalia. A recuperação do senso de estética deve ser uma das nossas prioridades.

Fontes:
Se escreve como απειροκαλία, tem em dicionário grego regular, e Olavo provavelmente descobriu através deste texto:
“What Is Liberal Education?” by Leo Strauss, Liberalism Ancient and Modern, Chicago: University of Chicago Press, [1959] 1968, p. 8.

Trecho do texto: "They called it apeirokalia, lack of experience in things beautiful. Liberal education supplies us with experience in things beautiful"

Texto integral do Leo Strauss, em inglês
Fonte que menciona os usos clássicos (Platão e Aristóteles) da palavra



#
Um palpite, mas aí é só palpite, é que a ideia dessa experiência central que abre a alma do sujeito para "a conversação dos sábios" seja:
I) o que o poeta Manuel Bandeira chama de Alumbramento;
II) a experiência que Louis Lavelle menciona na aula 4 do COF;
III) a chave para entender o que Sônia gerou em Raskolnikov que o transformou definitivamente, no romance Crime e Castigo de Dostoiévski;
IV) uma versão trágica seria esse mesmo sentimento, incompreendido ao longo da vida, gerado por Verkhovenki pai em Stavroguin no 2º capítulo da 1ª parte de Os Demônios, também de Dostoiévski

[3] Hábitos da Natureza, e não Leis da Natureza

 2) Hábitos da Natureza - e não Leis da Natureza

Vídeo de apoio: Experimentos científicos, a estatística e o tempo (Olavo de Carvalho)

Este vídeo vem da aula 89, 32:51 [não checado; é mencionado na descrição do vídeo]

Fontes citadas: (o Canal cita a 1ª)
[1] https://www.newyorker.com/magazine/2010/12/13/the-truth-wears-off
[2] Raymond Ruyer (autor de The Gnosis of Princeton)

Nota: essa questão se associa diretamente com o problema do dualismo cartesiano em oposição ao monismo. Uma das bases do trabalho do Olavo é romper com o dualismo. Isso significa que não é certo dizer que há um "mundo matemático racional" e um "mundo ilusório dos sentidos", mas apenas um mundo só, e que a razão deve articular ambos. As ciêncais contemporâneas são de tendência dualista; Olavo, na Filosofia, e Wolfgang Smith, na Física, respondem a isso.

Complemento:
No livro Aristóteles de Émile Boutroux, publicado em 1998 pela Editora Record na Coleção de Filosofia diriga pelo Olavo de Carvalho, o último faz uma Introdução chamada "Apologia a Émile Boutroux", onde expande a questão dos "hábitos da natureza". Há muito de ideias e fontes a que se extrair do artigo, mas, para resumir o essencial, há duas fontes fundamentais para a ideia são:
[1] Félix Ravaisson, De l'Habitude
[2] Émile Boutroux, De la Contingence des Lois de la Nature

Valeria a pena, ademais, montar uma lista de referências do artigo, porque, como disse, ele tem bastante informação útil. Ele propõe basicamente duas escolas: uma idealista, platônica, e outra mais realista, aristotélica, e como as ciências penderam para a primeira e como sobretudo as novas questões físicas têm feito o pêndulo oscilar para reconhecer de volta a verdade da segunda.

[2] Aristóteles "Física"

 [Falta pegar de novo (eu peguei, mas perdi) no livro do Boutroux, Aristóteles, pela Record, a referência exata]

[#1]

A reinterpretação de Aristóteles de que Olavo fala (onde mesmo?) que perceberam que era um método mais do que um resultado, ele soube através deste livro: La Physique d'Aristote Et Les Conditions d'Une Science de la Nature Capa comum – 1 novembro 1991

Edição Francês  por Francois de Gandt (Editor), Pierre Souffrin (Editor)


Esse livro nasce de um colóquio. Provavelmente são vários estudos.

Não consegui achar nenhuma versão disponível em nenhum lugar que me é acessível.


[#2]

Não tínhamos uma edição integral em português da Física de Aristóteles. Apenas dos dois primeiros livros, pelo Lucas Angioni, publicado em 2009 (checar). Agora em 2023 saiu uma edição integral na editora portuguesa Edições 70 (https://www.amazon.com.br/F%C3%ADsica-Arist%C3%B3teles/dp/9724426181/)


[#3]

Existe um outro livro, lançado em 2019, que eu sinto que Olavo comenta em algum lugar, talvez nas últimas aulas. Não lembro, porém, de onde eu cheguei a esse livro. É

https://www.amazon.com.br/Aristotles-Revenge-Metaphysical-Foundations-Biological/dp/3868382003

Aristotles Revenge: The Metaphysical Foundations of Physical and Biological Science Capa comum – 25 janeiro 2019

Edição Inglês  por Edward Feser (Autor)

Actuality and potentiality, substantial form and prime matter, efficient causality and teleology are among the fundamental concepts of Aristotelian philosophy of nature. Aristotle's Revenge argues that these concepts are not only compatible with modern science, but are implicitly presupposed by modern science.


sábado, 3 de junho de 2023

[1] Leibniz

 Leibniz concorda com tudo o que lê

[falta pegar mais lugares onde Olavo fala isso, provavelmente no COF]

[#1]

p.24 do ensaio do Boutroux à Mondaologia tem as referências [em francês]

links onde Olavo falou isso https://www.facebook.com/carvalho.olavo/posts/concordo-com-tudo-quanto-leio-leibniz/581998128618932/?locale=pt_BR

https://twitter.com/OdeCarvalho/status/685074123513565184

[#2]

Toda e qualquer idéia só é compreendida quando vista NOS SEUS PRÓPRIOS TERMOS, o que exige a identificação ao menos temporária do leitor ou ouvinte com as percepções e sentimentos do autor da idéia. Foi nesse sentido que G. W von Leibniz, o homem mais inteligente da Europa desde Aristóteles, disse: “Eu concordo com tudo quanto leio.” É essencial que toda análise crítica FIQUE PARA DEPOIS, isto é, que o leitor não se oponha a uma idéia ANTES DE TÊ-LA FEITO SUA, de modo que toda a discussão se trave ENTRE ELE E ELE MESMO. Críticas feitas de fora, movidas por uma rejeição imediata, não valem nada, porque resvalam sobre a idéia sem atingi-la no seu centro vivo. Nisso reside a diferença entre a crítica filosófica e a polêmica bocó.

https://olavodecarvalhofb.wordpress.com/2015/07/14/critica-filosofica-ideias-e-ateismo/


[#3]

"er kehrte alles zum Besten" [Guhrauer, II, p.337]

"J'approuve, disait-il, la plus grande partie de ce que je lis. Sachant de combien de côtés les chones peuvent être prises, je trouve toujours quelque circonstance qui excuse ou défend mon auteur." [Lettre à Placcius, 169 -- Guhrauer, II, 343]


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